A Polícia Civil ainda não conseguiu recapturar o adolescente de 17 anos suspeito de ter assassinado o psicanalista Antônio Carlos Escobar.

Um dia antes de ele fugir com outros dois menores, 14 jovens com mais de 18 anos escaparam da unidade.

Eles utilizaram lençóis para escalar o muro.

Na manhã desta segunda, a reportagem do JC esteve na casa onde o suspeito de envolvimento na morte de Escobar morava com a avó e um tio, na Comunidade do Bode, no Pina, Zona Sul.

Os parentes informaram apenas que estavam sabendo da fuga.

Eles garantiram que o adolescente não fez nenhum contato com a família. À tarde, o presidente do Instituto Antônio Carlos Escobar (Iace), José Carlos Escobar, irmão do psicanalista, não poupou críticas ao Estado. "Mais uma vez, o Estado se mostra irresponsável e incompetente para cumprir a lei. É preciso identificar e responsabilizar os gestores públicos por essa fuga.

O Estado colocou mais um criminoso na rua para ameaçar a população", disse.

A presidente da Fundac, Ana Célia Farias, informou que as guaritas do muro externo da unidade estavam desativadas no momento da fuga.

De acordo com ela, a instituição solicitou a presença de policiais militares para garantir o ativamento das guaritas.

Ana Célia declarou que um sindicância mista foi instaurada para apurar as responsabilidades. "Queremos saber se houve conivência de funcionários.

Pedimos que servidores de fora da Fundac também façam parte da comissão de sindicância", explicou.