Uma menina de 12 anos que havia sido raptada no Rio Grande do Sul para ser explorada sexualmente reforçou, nesta segunda (16), as acusações contra a empresária pernambucana Odete de Miranda, 49 anos, apontada pela polícia como líder de uma quadrilha de aliciamento de menores para prostituição.

A garota participou de sessão de reconhecimento na cidade gaúcha de Gravataí, durante a tarde, e disse achar a empresária parecida com uma senhora que queria “comprá-la” de um casal em Minas Gerais, em fevereiro deste ano.

Segundo o chefe da investigações da Delegacia de Gravataí, Adilson Silva, a jovem contou, em depoimento, que ouviu o nome da empresária pernambucana no cativeiro. “Um dos homens que a seqüestrou dizia que a quadrilha tinha um chefão e uma chefe em Pernambuco.

O nome de Odete foi citado”, afirmou.

Na delegacia, a menina viu Odete de Miranda de três ângulos, em uma sala onde a acusada não podia observá-la. “Ela não afirmou com certeza, mas disse que, pelo cabelo e pelo rosto, era bem parecida com a mulher que pretendia levá-la de Minas Gerais”, contou Silva.

A vítima esteve presa no município de Delta, interior de Minas Gerais, com outras duas adolescentes de 14 e 15 anos, também gaúchas, que continuam desaparecidas.

De acordo com a menina, as três ficavam amarradas e eram abusadas sexualmente por integrantes da quadrilha. (Com informações da Editoria de Cidades do JC)