"O coronel (Iturbson dos Santos, Comandante Geral da PM) é um ultraconservador em um governo socialista", disse agora há pouco ao Blog o presidente da Associação dos Oficiais, Subtenentes, Sargentos e Bombeiro Militar de Pernambuco (AOSS), capitão Vladimir Assis.
O desabafo do capitão é mais um episódio da queda de braço entre a AOSS e o Comando da PM.
E foi foi motivado pela notificação recebida pelo oficial para comparecer fardado ao Quartel do Derby, às 7 horas dessa segunda (16), depois de ter criticado o afastamento do também coronel Alexandre Britto, da diretoria de pessoal da PM.
Temendo ser preso em função de suas declarações, o capitão Assis conseguiu, ainda no final semana, hebeas-corpus preventivo junto ao Tribunal de Justiça do Estado.
Mas não foi preciso apresentá-lo.
Do Derby, ele foi enviado para o 16º Batalhão da PM, no Cais de Santa Rita, onde deveria dar expediente a partir de hoje por orientação do Comando.
Mas acabou dispensado porque também está de licença médica.
De qualquer modo, o capitão alega que não pode ser obrigado a dar expediente porque está à disposição da AOSS, respaldado por lei complementar à Constituição Estadual (nº 082, art. 5º).
Na manhã desta segunda, Assis também foi recebido pelo secretário de Articulação Parlamentar do Estado, Ettore Labanca, que ficou de agilizar a disponibilidade do capitão para a AOSS - na prática uma licença para que ele atue como representante de classe, mantendo o salário como oficial. "Já tinha mandado ofício ao Comando da PM sobre a disponibilidade e até hoje não recebi resposta", disse o capitão. "A Associação de Cabos e Soldados (ACS) tem sete integrantes à disposição da entidade.
Nós ainda não temos nenhum oficialmente", reclamou.
Agora à tarde, a ACS divulgou nota em que se solidariza ao presidente da AOSS.
Com a palavra, o Comando da PM.