Apesar de estar na base da hierarquia do Poder Legislativo, a Câmara de Vereadores do Recife rivaliza em alguns pontos com a Câmara dos Deputados, em Brasília, topo da atividade parlamentar no País – ao lado do Senado –, quando são comparados valores da verba de gabinete e a quantidade de cargos comissionados das duas casas.
E chega a superar a Assembléia Legislativa de Pernambuco em alguns aspectos.
Um deputado federal dispõe de R$ 66,6 mil entre verbas de gabinete e indenizatória.
Mas quando a despesa é individualizada, o vereador do Recife tem praticamente a mesma verba de gabinete que um parlamentar em Brasília.
Os deputados têm direito a R$ 50,8 mil para pagamento dos seus 26 assessores, e um vereador do Recife têm R$ 50.270 para 23.
A diferença é que, além dessa vantagem, os deputados têm verba indenizatória de R$ 15,8 mil, cota postal e telefônica de R$ 4,2 mil e auxílio-moradia de R$ 3 mil.
Na Assembléia, o gabinete padrão de um deputado tem também 26 assessores.
No entanto, os parlamentares estaduais dispõem de R$ 56,2 mil de verbas de gabinete e indenizatória – menos que os R$ 56.950 da Câmara do Recife.
São R$ 47,2 mil para gastos com salários de assessores – R$ 3 mil a menos que a Câmara – e R$ 9 mil para despesas mensais - cerca de R$ 2 mil a mais que os vereadores.
Os valores à disposição dos deputados estaduais, porém, ultrapassam os dos vereadores quando aqueles assumem presidências de comissões e lideranças na Casa.
O presidente de uma das 15 comissão, exceto a de Ética e Disciplina, tem direito a mais cinco assessores.
Os líderes e vice-líderes de bancadas ou partidos têm acréscimo na verba de gabinete que varia entre 70% (a do governo, por ser tradicionalmente a maior da casa) e 30%, o que representa R$ 33,1 mil e R$ 14,2 mil, respectivamente.
O percentual extra para líderes e vices é proporcional ao tamanho da bancada.
Na Câmara, não há esse benefício.