O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), reafirmou neste sábado – ao inaugurar o sistema de abastecimento d’água de Porto de Galinhas, no litoral sul –, o compromisso feito na campanha eleitoral de que vai baixar os valores da conta de energia elétrica no Estado e que conta, para isso, com o interesse do governo federal, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da própria distribuidora, a Celpe.

Eduardo revelou que já reuniu todas as informações e dados necessários para debater a questão e solucionar a expectativa gerada na população. "Vamos cumprir o compromisso com a população.

Queremos o mesmo do governo federal, da Aneel e da Celpe", ressaltou.

O governador relacionou todas as providências e articulações que desenvolve para realizar a promessa e evitar um desgaste com o novo reajuste da Celpe, previsto para o dia 29 deste mês.

Eduardo disse que já tem "uma visão formada" sobre a situação, a partir das informações e dados coletados, e que não resolveu a questão ainda porque o prazo para reajuste não é do governo e sim da Aneel. "A Aneel sabe das perdas na produção de energia no Estado, passei novos dados anteontem (quinta-feira) e estamos com ações no governo federal, na Aneel e no Judiciário.

Quero terminar abril com a questão resolvida".

Eduardo Campos repetiu as críticas ao modelo de privatização da Celpe feitas ao longo da campanha, lembrando que desde a venda da Companhia de Eletricidade de Pernambuco o aumento acumulado da conta de luz atingiu 180%, enquanto a inflação no mesmo período chegou a 60%. "A população precisa saber que o lucro da Celpe em 2006 foi de R$ 200 milhões. É um extraordinário negócio, mas é necessário que a população tenha um serviço que não exclua o direito da camada mais pobre ter acesso à energia e, ao mesmo tempo, não prejudique a arrecadação do Estado", reclamou.

Ele referiu-se à alternativa da redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é cobrado sobre o consumo.

O Estado tem no ICMS sobre a conta de energia a sua maior fonte de receita, o equivalente a 30% de toda a arrecadação de impostos.

PS: Com informações da Editoria de Política do JC