CARUARU – As prisões desencadeadas pela Operação Aveloz, de combate a um grupo de extermínio e de tráfico de drogas e armas no Agreste, são apenas a ponta do iceberg.
A afirmação foi feita pelo procurador-geral de Justiça de Pernambuco, Paulo Varejão, durante reunião realizada, ontem, nesta cidade do Agreste pernambucano, com 15 promotores e dez juízes da região. "Há um número bem maior de pessoas envolvidas.
Portanto, podem ocorrer novas prisões", acrescentou o desembargador Mauro Alencar, que participou do encontro.
Na reunião, foi informado que operações como a Aveloz serão deflagradas em outros municípios do Estado.
Segundo Paulo Varejão 13 promotorias da região foram designadas para atuar no desdobramento da operação.
A mobilização começou na quarta-feira com a prisão de 29 pessoas. "A expectativa é que as prisões encorajem novas denúncias, ampliando as investigações da polícia", disse Mauro Alencar.
Ele informou também que vários bens dos acusados poderão ser usados para indenizar as famílias das vítimas.
O encontro de ontem também serviu para dar apoio aos juizes e promotores envolvidos na operação.
Desde a última quinta-feira, os juizes da 1ª e 3ª Varas Criminais de Caruaru estão sob a proteção de dois policias federais cada um.
Mas segundo os coordenadores, a medida é apenas preventiva, já que não houve nenhum pedido formal de proteção.
O próximo passo no desdobramento das investigações será a elaboração dos inquéritos, que ficarão sob a responsabilidade das Polícias Civil e Federal.
De acordo com os coordenadores da reunião, a integração entre os poderes e as polícias garantiu o sucesso da Operação Aveloz.