Tá pensando que é só isto.

O barraco é grande.

O pai de Vítor Araújo, o bacharel em Direito Túlio Montenegro, ao tomar conhecimento da nova carta do compositor, acusa Marlos Nobre de perseguição a seu talentoso filho e também ameaça ir à Justiça.

Enquanto isto, agora de tarde, aqui no JC Online, o artista despertou mais admiradores do que críticas.

Veja a defesa do filho.

Por Túlio MontenegroNão me intrometo nas distintas concepções de arte entre meu filho Vítor Araújo e o maestro Marlos Nobre, principalmente porque não sou artista, e se meu filho quer encerrar a polêmica que ele nunca iniciou nem deu prosseguimento, acho ótimo.

Mas não posso silenciar quando o maestro, além de criticar, manifestar-se em favor de sua obra, discordar de Vítor, o que está no seu pleno direito, aproveita o mesmo veículo para passar a idéia de que meu filho comete ilegalidades, faz mais, imputa a meu filho um crime: “…comete o nosso jovem aspirante a músico um crime duplo: primeiro um crime musical e segundo um crime real, passível de punição judicial (Carta ao jovem pianista, JC 5/4/2007).” Faz isto na tentativa de intimidar-nos citando indevidamente, a meu ver, artigos da lei 9610.

Ora todos sabem que ainda está em discussão o conceito de fonograma ou produção audiovisual no que se refere ao YouTube, aos downloads, vídeos caseiros, etc.

Esta não é uma controvérsia restrita a Vítor e a Marlos Nobre e sim, que é de interesse de toda cadeia de produção musical, e que não nos abstemos de debatê-la até mesmo em sede judicial, o que não nos intimida.Agora, imputar crime a alguém sem que haja condenação com trânsito em julgado é crime de calúnia previsto no Código Penal Brasileiro, e no caso qualificado, pois meu filho é menor de idade.

Meu filho não cometeu crime de qualquer natureza, muito pelo contrário, é talentoso, um brilhante estudante (foi 1º lugar no vestibular de música da UFPE), bom amigo, já trabalha e paga seus impostos aos 17 anos de idade, um cidadão honrado, enfim, é um orgulho para nossa família.

Se o maestro continuar a perseguí-lo quem vai processá-lo sou eu.