Os governadores do Nordeste até que tentaram demonstrar união, mas a transposição não deixou.

O repórter Giovanni Sandes, de Economia do JC, quase causa um cisma ao cobrar um posicionamento deles sobre o polêmico projeto.

Não tinha uma linha no documento oficial divulgado há cerca de uma hora, na Paraíba.

O governador de Sergipe, Marcelo Deda, do PT, tomou a palavra e defendeu apenas o Eixo Leste, que leva água para a Paraíba.

Ele disse que admitia essa flexibilização porque leva água para população, repetindo o discurso dos baianos, que acusam o Eixo Norte, para o Ceará, de beneficiar apenas a produção de alimentos. “O que não pode é termos gente que mora a 3 quilômetros da beira do Rio e não tem água”, tentou argumentar, com a falácia peculiar aos detratores do projeto de desenvolvimento regional.

O governador do Ceará, Cid Gomes, do PSB e irmão do ex-ministro da Integração Nacional Ciro Gomes, também do PSB, não gostou nadinha.

Tomou a palavra: “Nós havíamos combinado que não trataríamos deste assunto.

Não é um tema que nos une. É um tema que nos afasta.

Além disto, o argumento é falho.

Garanto que às margens do São Francisco também há muita gente sem energia elétrica”, revidou o socialista.

Eduardo Campos, presente à entrevista coletiva, aproveitou para brincar com o colega Cássio Cunha Lima. “Agora eu quero a tréplica”, afirmou, como que sugerindo que a briga não pararia mais.

Detalhe importante: A Chesf tem mais de 50 anos de história.

Sentou-se sobre o rio e priorizou a produção de energia, em detrimento da produção de água também.

Acaso a preocupação existisse antes, é possível que os problemas de abastecimento de água não fossem tão graves como são hoje.