Por volta da meia noite desta quinta (12), em vôo da Tam sem escalas, Odete Miranda vai seguir para Porto Alegre, de onde será levada até a 2a Delegacia de Polícia de Gravataí, a cerca de 30 quilômetros da capital gaúcha.
Ela será escoltada pelo delegado de Gravataí Paulo Costa Prado e pelos policiais Adílson Silva e Miguel de Oliveira.
O advogado Marconi Dias, que representa a dona do Maison d´Odete, também segue no mesmo vôo.
E confia que a prisão temporária da empresária seja revogada já nesta sexta (13).
A prisão e condução de Odete para o Rio Grande do Sul tem como objetivo fazer um auto de reconhecimento da empresária por parte de 8 pessoas que estão presas em Gravataí, acusadas de participar de uma rede de tráfico e prostituição de menores.
Segundo o delegado Paulo Prado, há fortes indícios de que Odete seja a gerente-geral do esquema, que poderia estar mandando crianças e adolescentes inclusive para o exterior.
PRISÃO A operação que prendeu na noite da quarta-feira (11) a dona da casa noturna mais famosa do Estado foi conduzida em conjunto pelos policiais gaúchos e pela Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente de Pernambuco.
Odete foi presa em seu próprio Maison, onde estavam cerca de 20 garotas, nenhuma delas menor.
As investigações da polícia de Gravataí começaram em maio do ano passado por conta do desparecimento de meninas na Região Metropolitana de Porto Alegre.
De lá para cá, 8 menores desapareceram, sendo que três já foram recuperadas.
A última a ser resgatada, em fevereiro, tem 12 anos e estava na cidade de Delta, em Minas Gerais, em poder do casal Adão Ribeiro Ruood, 34 anos, e Sandra Campos, 28.
Foi o casal quem falou do esquema que começa no Rio Grande do Sul, passa por vários estados e seria gerenciado a partir de Pernambuco.
Embora a polícia de Gravataí estivesse investigando o desparecimento de 8 meninas, Adão Ruood disse que por suas mãos passaram mais de 30 menores.
A polícia também tem indícios de que a quadrilha possa operar um esquema de tráfico de bebês.
SALVO-CONDUTO Odete negou participação no esquema e sequer admitiu que faça agenciamento de garotas de programa.
Diz que o Maison é restaurante e boate e quer indenização do Estado do Rio Grande do Sul por calúnia e danos morais.
Ela chegou a ser presa duas vezes em 2003 e respondeu a dois processos por favorecimento à prostituição e rufianismo (agenciar encontros sexuais).
Foi absolvida em ambos e na época chegou a andar com um salvo-conduto, espécie de habeas corpus preventivo para não ser presa novamente.
A prisão de Odete nesta quinta teve ampla cobertura do Blog.
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