Na opinião do presidente da Sociedade Pernambucana de Combate ao Câncer (SPCC), Roberto Sampaio, a intervenção determinada pelo governador Eduardo Campos no Hospital de Câncer de Pernambuco não vai funcionar.

Ele aplude a iniciativa do Estado de tentar manter o atendimento à população na área de oncologia.

Mas critica a decisão do governo de não assumir a dívida de R$ 40 milhões, sob responsabilidade da SPCC, instituição que administra o hospital.

Roberto Sampaio alega que a entidade filantrópica não tem condições de pagar os credores.

E acredita que o Estado deveria assumir o passivo.

Já o executivo Ernani Bérgamo, que até essa terça dirigia o Hospital de Câncer indicado pela SPCC, classificou de deselegante a forma como o governo decidiu a intervenção. "Foi uma surpresa.

Ficamos sabendo pela Imprensa", afirmou.

Ele será substituído no cargo já a partir desta quarta, 11, pelo cirurgião Francisco Saboya, que foi nomeado interventor pelo governo.

A intervenção visa reestruturar a gestão finaceira do HCP, colocar salários em dia e retomar com qualidade o atendimento à população.

Deve durar seis meses, segundo o secretário de Saúde, Jorge Gomes.