Por unanimidade, o pleno do Tribunal Regional do Trabalho negou agravo regimental movido por Solange Carneiro, filha do prefeito de Jaboatão, tentando reestabelecer o acordo trabalhista que lhe garantiria uma indenização de R$ 800 mil.

O julgamento do agravo aconteceu na última quinta e manteve o acordo suspenso através da liminar concedida há três semanas ao Ministério Público do trabalho.

O pedido para derrubar a liminar também foi assinado pela advogada Maria Tenório de Moura, que continua representando Solange no caso.

Junto com a filha do prefeito, a advogada é suspeita de fraudar o acordo, em prejuízo da Fundação Yapoatan - órgão do governo municipal.

Pelo acerto homologado na 3a. vara do Trabalho de Jaboatão em 29 de janeiro, Maria Tenório receberia R$ 160 mil como honorários advocatícios.

Na última terça, 3, ela se negou a prestar depoimento na Promotoria do Patrimônio Público de Jaboatão, apontando o direito constitucional de permanecer em silêncio.

Maria Tenório diz que só falará em juízo porque, na sua opinião, ela teria sido pré-julgada pelo procurador do trabalho Renato Saraiva, que investiga o caso.

Até a próxima quinta, 12, o procurador entrará, também no TRT, com uma nova ação (rescisória) para extinguir o acordo trabalhista definitivamente.

Antes disso, na terça, ele deverá ouvir os depoimentos de Solange, do prefeito Newton Carneiro e das ex-funcionárias da Fundação Yapoatan, Julieta Pontes e Maria Sizenalda Timóteo.