Depois de ter o nome envolvido no polêmico e milionário acordo trabalhista que beneficiaria sua irmã Solange Carneiro, a deputada estadual Elina Carneiro abandonou o silêncio e divulgou hoje uma nota oficial defendendo-se das acusações feitas pela advogada da Fundação Yapoatan - Fernanda Campos Casado, em depoimento ao Ministério Público na semana passada, revelou que Elina Carneiro pediu que ela não tentasse barrar o acordo, numa reunião antes do processo ser levado à Justiça do Trabalho.

Ela nega qualquer participação. “Não tive qualquer participação no acordo celebrado entre minha irmã Solange Carneiro e a Fundação Yapoatan, o qual foi realizado perante a Justiça do Trabalho e homologado pelo juiz competente”, diz.

Noutro trecho, diz estranhar o fato de não me ter tido direito de defesa, não aceitando pré-julgamentos, embora só possa ser ouvida pelo procurador-geral do Estado, uma vez que o MP de Jaboatão só pode ouvir-lhe indiretamente, em função da atividade parlamentar.

Ao final, atribui a inclusão de seu nome no escândalo à uma tentativa de vinculação do meu nome ao assunto por questões eminentemente políticas e eleitorais.

No entanto, a revelação ao MP foi feita de forma espontânea, pela ex-servidora, até recentemente aliada do próprio prefeito Newton Carneiro, na condição de assessora da diretoria da fundação municipal.

Veja a íntegra da nota: Eu, ELINA CARNEIRO, deputada estadual, diante dos fatos publicados na imprensa referente ao acordo celebrado entre minha irmã Solange Carneiro e a Fundação Yapoatan, venho, através da presente nota, esclarecer aos meus eleitores e ao público em geral, o seguinte: - Que não tive qualquer participação no acordo celebrado entre minha irmã Solange Carneiro e a Fundação Yapoatan, o qual foi realizado perante a Justiça do Trabalho e homologado pelo juiz competente; - Que estou indignada com as afirmações mentirosas e irresponsáveis feitas pela senhora FERNANDA CASADO LIMA, que foram publicadas na imprensa, no sentido de tentar vincular meu nome à supostas irregularidades; - Que estranhei o fato de não me ter sido oportunizado o direito de defesa, pelo que, não aceito pré-julgamentos; - Que sou favorável a investigação da forma mais ampla possível, para que a verdade venha à tona e desde já me coloca à disposição das autoridades competentes para prestar quaisquer esclarecimentos sobre o assunto; - Que repudio veementemente qualquer afirmação de cunho calunioso ou difamatório, no sentido de tentar envolver meu nome em supostas irregularidades, por isso que estou contratando advogado para adotar as medidas legais pertinentes contra quem assim agiu, o qual tratará o assunto com a imprensa, a partir da presente data; - Que credito a tentativa de vinculação do meu nome ao assunto por questões eminentemente políticas e eleitorais; Atenciosamente, ELINA CARNEIRO.