O coronel Geraldo Severiano, diretor da Barreto Campelo, em Itamaracá, Grande Recife, disse agora há pouco ao Blog que são falsas as acusações sobre a má qualidade das refeições servidas aos presos da penitenciária.
A denúncia de que os detentos só tinham direito a xerém e manguzá partiu do preso Weverson da Silva Fonseca, o Mineiro, que gravou um vídeo amador em que faz diversas acusações contra a direção da unidade e a atuação da PM na rebelião ocorrida no mês passado.
O vídeo, com trechos editados, não identifica local nem autor da gravação.
E foi entregue no último final de semana, na portaria do Jornal do Commercio, endereçado ao Blog.
Sabe-se, no entanto, que Weverson é um dos 14 presos da Barreto Campelo que foram transferidos temporariamente para o Cotel, indiciados por participação na chacina que deixou outros 6 detentos mortos no dia 19 de março. "Tem preso que é homem sério.
Mas esse é um mentiroso", diz o coronel Severiano. "Onde ele passa, complica".
De acordo com o responsável pela cozinha na unidade, o preso Almir Silveira do Carmo, o cardápio na Barreto Campelo varia a cada dia da semana.
O almoço dessa quarta, 4, teve arrumadinho de charque, preparado também com feijão, arroz, farinha e verdura.
No café da manhã, foi servido inhame com charque.
E no jantar de ontem à noite, batata com salcicha, café e leite. "Isso (o vídeo com as acusações do preso) deve ser alguém querendo me derrubar", disse o diretor da Barreto Campelo.
Ele não soube dizer, no entanto, quem teria motivos para estar por trás da câmera.
Sobre a acusação feita por Mineiro de que a PM se omitiu de evitar a chacina do mês passado, demorando para invadir a unidade, o coronel Severiano não falou.
Ele prefere que o comando da corporação se pronuncie.
Leia e veja aqui o que o Blog publicou na segunda, 2, sobre a qualidade da comida na Barreto Campelo.
Mais, daqui a pouco.