O nome dele é Weverson Silva da Fonseca, também conhecido como Mineiro.
Junto com outros 13 companheiros, está detido no Cotel, indiciado pela chacina de 6 presos, ocorrida em 19 de março, na Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá.
Além de alegar inocência, Weverson faz pesadas acusações contra a PM e a direção da unidade prisional.
Diz que a polícia não fez nada para evitar a chacina, deixando que uma multidão de 200 detentos assassinassem os seis presos.
Ele conta que os homens assassinados eram contrários ao final da greve de fome realizada pelos detentos em março.
Mas não conseguiram impedir que o movimento chegasse ao fim porque essa era a vontade da maioria.
Mineiro admite que os presos mortos eram rivais.
Mas garante que ele e seus companheiros presos no Cotel estão sendo acusados injustamente.
Seu depoimento, gravado precariamente, foi deixado em um DVD na portaria do Jornal do Commercio, endereçado ao Blog, neste final de semana.
Suas declarações sobre a chacina, a greve e o dia-a-dia na Barreto Campelo são fortes, cruas.
Apontam que, durante a greve, realizada para obter da justiça maior velocidade na análise dos processos, muitos presos chegaram a comer os gatos da cadeia.
Também acusa a direção de não liberar para a refeição dos detentos o estoque de comida que é enviado pelo Governo do Estado.
Segundo ele, na Barreto Campelo, o cardápio só tem xerém e manguzá.
Dentro de instantes, estaremos postando trechos do vídeo e do seu depoimento, em primeira mão.