O PT e o PSDB estão de testa mesmo na Assembléia Legislativa (AL) por conta do aumento da Celpe.
Na semana passada, o deputado estadual Sérgio Leite (PT) conseguiu aprovar a criação de uma comissão especial para acompanhar os aumentos da Celpe após a privatização.
O PSDB foi contra, alegando que a Comissão de Cidadania da Assembléia tinha autonomia para cuidar do assunto.
Foi voto vencido, mas não desistiu.
A comissão acaba de anunciar que realizará audiência pública no próximo dia 11 para discutir a tarifa de energia e vai iniciar, logo após a audiência, um abaixo-assinado para solicitar ao Governo Federal que assuma os custos da Termopernambuco, como fez com a Termocuiabá e com outras empresas térmicas do país.
O pleito coloca nas mãos de Lula a decisão de amenizar o novo reajuste.
Lula, no entanto, não quer essa bomba no colo. “O presidente está ciente do problema”, informou, neste final de semana ao Blog, o deputado Maurício Rands. “Não é possível que o Governo Lula dê a Pernambuco um tratamento diferente do que está dando a outros estados e nos obrigando a pagar 15% a mais de tarifa de energia, uma situação que está tornando inadimplentes os consumidores de baixa renda e asfixiando as empresas”, ataca Terezinha Nunes.
A deputada adianta que vai procurar entidades representativas da sociedade para aderir a este movimento como a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe).
A entidade já defende que a Termopernambuco seja colocada no sistema nacional de energia. “Para se ter uma idéia, se a Termopernambuco for assumida pelo Governo Federal a tarifa de energia em Pernambuco vai cair e não subir, como está previsto.
Diluído a nível nacional o custo da Termopernambuco vai onerar em apenas 0,2% das tarifas no país, quando aqui estamos pagando tanto por isso.
Se o Governo Federal tivesse adotado essa mesma postura em relação às outras térmicas tudo bem mas não fez.
Está usando de dois pesos e duas medidas e isso não se pode admitir”, diz.
Sérgio Leite é radicalmente contra. “Eles tem uma usina que não gera, mas é como se gerasse.
Nós pagamos por isto. É fraude”, afirmou. “Um erro de Pernambuco (assinado no governo Jarbas Vasconcelos e Mendonça Filho) não pode ser jogado para o Brasil”, diz, resoluto.