Do site da Assembléia Legislativa Os aumentos tarifários e a qualidade dos serviços prestados pela Celpe voltarão a ser tema de análise de uma Comissão Especial da Assembléia Legislativa.

Nesta quinta-feira, o Plenário aprovou requerimento solicitando a criação do colegiado.

A iniciativa é do deputado Sérgio Leite (PT), que presidiu a Comissão de mesmo nome, criada em 2005.

A instalação do grupo de trabalho deve ocorrer na próxima semana.

O requerimento foi bastante discutido entre os parlamentares.

Terezinha Nunes (PSDB) e Romário Dias (DEM) destacaram que a Comissão de Defesa da Cidadania tem a atribuição de conduzir a discussão, "não sendo necessária, portanto, a implantação de um colegiado especial".

Segundo os parlamentares, essas iniciativas enfranquecem as Comissões Permanentes.

Augusto Coutinho (DEM) propôs uma reunião com os integrantes da Mesa Diretora e os líderes partidários para que a criação de comissões especiais seja debatida.

Manoel Ferreira (PR) chegou a solicitar que Leite retirasse a proposição da Ordem do Dia para melhor análise.

Sérgio Leite, no entanto, defendeu a proposta. "É uma luta que ainda não terminou.

Em abril, teremos um novo reajuste e precisamos acompanhar o processo", frisou.

No Grande Expediente, o petista fez um relato da audiência promovida pela Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Federal, na última quarta-feira, em Brasília.

De acordo com Leite, apesar de ter confirmado presença, a Celpe não enviou nenhum representante. "O gesto foi considerado um desrespeito com o Parlamento Federal e com o povo de Pernambuco.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em vez de mandar dois diretores, enviou os dois superintendentes, que, na prática, explicaram a forma complicada que a agência usa para reajustar a tarifa e jogaram a responsabilidade das perdas de energia na população pobre.

Eles argumentaram, também, que o setor tem que crescer e, para isso, deve funcionar dessa forma", informou.

Leite ainda citou outras "arbitrariedades" cometidas pela Celpe, como o uso de medidores sem aferição.

Para o Coronel José Alves (PAN), que aparteou o petista, a Aneel é a maior culpada pelos altos reajustes.

Antônio Moraes (PSDB) acusou o PT de ter sido o responsável pela politização da agência reguladora, contrariando o objetivo da instituição que era ter um corpo técnico.

Edson Vieira (PSDC) lembrou que a população do Interior está sofrendo com as "irregularidades".

Terezinha Nunes também usou o Grande Expediente para registrar a participação na reunião realizada na Câmara.

A parlamentar defendeu união para buscar, junto ao Governo Federal, que os custos da Termopernambuco sejam divididos por todos os consumidores brasileiros e não somente entre os pernambucanos.

De acordo com ela, a União tomou essa decisão no caso da Termocuiabá e poderá adotar com outras térmelétricas.

O impacto nas contas seria de apenas 0,2% e não de 15%. "Segundo os representantes da Aneel, o ministro das Minas e Energias, Silas Rondeau, poderá apresentar um projeto definindo que o custo atual da Termelétrica de Pernambuco seja repartido pelos consumidores nacionais.

Isso interessa diretamente a Pernambuco e me proponho a participar desse movimento, mesmo sendo da Oposição", salientou.

Em apartes, os deputados Carlos Santana (PSDB), Esmeraldo Santos (PR) e Raimundo Pimentel (PSDB) manifestaram apoio.