Antes de o pessoal da secretaria de Imprensa da Presidência da República me descobrir no meio dos convidados de Lula e Eduardo Campos e conduzir-me para o cercadinho móvel da imprensa, carinhosamente apelidado de Balança Rolha, em função do cordão de isolamento, tive a oportunidade de entrevistar, entre outros, o deputado federal Maurício Rands, que acabara de chegar de Brasília, na quinta-feira, no Aerolula, hoje o único avião nacional com autonomia para decolar e aterrissar.

Segundo Rands, no vôo entre Brasília e Caruaru, Lula declarou-se orgulhoso dos números de seu governo e fez uma revelação sobre os escândalos do ano passado. “Ele disse que já suspeitava que iria ser atacado fortemente em 2006.

Desde 2005, o poder aquisitivo da população mais pobre estava subindo muito.

Por isto, ele disse que já esperava um ataque violento”, informou o petista.

Notei que Rands não pronunciava a palavra mensalão, quando era perguntado sobre que ataque violento ele referia-se. “É a crise … a crise”, dizia.

A crise do mensalão?, insiste. “É a instrumentalização da crise (do mensalão)”, concedeu.