O major da PM Alexandre Gomes Carneiro de Melo aproveitou o encontro dos oficiais para protestar contra melhorias na corporação, convocado pela Associação dos Oficiais Subtenentes e Sargentos da Polícia e Bombeiro Militar de Pernambuco, no Clube dos Oficiais, para detonar publicamente o presidente da entidade, Vladimir Assis.

Alexandre Gomes é ex-presidente da entidade e ligado ao deputado estadual Alberto Feitosa, do PR, desafeto de Assis.

Há duas semanas, Assis anunciou a demissão de Feitosa da entidade, por falta de pagamento. “Estou fazendo essas denúncias porque as pessoas precisam conhecer a vida pregressa deste cidadão.

Decidi fazer isto depois que soube que o governador Eduardo Campos admitiu a sua participação no Pacto pela Vida.

Era hora de agir.

Ele está indo longe demais”, explicou, depois de anunciar que Assis teve participação ativa, em companhia de outras pessoas, da morte do soldado Sérgio Francisco Xavier e de mais dois civis, na cidade de Limoeiro, em abril de 1997.

Noutra acusação, garante que um IPM e uma sindicância teriam comprovado que Assis retardou propositalmente o lançamento do policiamento em frente ao Banco do Brasil de Cabrobó, em janeiro de 1999, numa ocasião em que a agência estava sendo assaltada. “Estou sendo o porta-voz de um mal estar dentro do oficialato. É preciso mostrar quem ele é.

Muita gente não sabe”, explicou o major, informando que trabalha atualmente na Terceira Seção do Estado Maior da PM, como chefe da seção de Planejamento Estratégico da PM.

Está na PM há 21 anos.

As críticas públicas expuseram a divisão dos oficiais na corporação, além do jogo político e sindical de bastidores.

Um dossiê com as mesmas informações divulgadas para a imprensa já chegou nas mãos do comandante da PM, Iturbson Agostinho, e do Ministério Público do Estado (MPPE), Paulo Varejão. “Eu aguardo uma resposta.

O comando da PM não vai ficar alheio" Veja um resumo DesocupadoFui presidente da AOSS por quatro anos e sempre trabalhei na PM.

Temos que dar o exemplo, estarmos envolvidos.

Ele licenciou-se, mas não abre mão do salário.

A associação existe legalmente, mas não existe legislação que ampare esse afastamento.

Briga sindicalO cidadão foi meu diretor e não apoiei sua candidatura à presidência porque tomei conhecimento destes fatos.

Infelizmente, a Justiça não julgou ainda o mérito da eleição, afastando-o.

Em má CompanhiaEle ainda em má companhia também.

Um ex-funcionário da AOSS, Jales Eloi, foi demitido por ter cometido ilícitos contra a entidade e hoje é o gerente da sede da AOSS, depois de ter o ajudado na eleição passada.

Furtou cheques e dinheiro e foi premiado.

Contra FeitosaEle responde ainda no TRE a um processo por ter espalhado notícia falsa de impugnação da candidatura do deputado major Feitosa.

Gota d\águaEle já era responsável por morte, tinha uma vida pregressa, cometeu um homicídio qualificado contra um soldado, depois de uma bebedeira em um bar em Limoeiro.

Há um processo e ele não foi julgado, beneficiado por lentidão da Justiça.

Agora a gota d’água para que eu tomasse essas providência foi a sua admissão no Pacto pela Vida.

Estava indo longe demais Eduardo refémEssa ação de hoje é um erro.

O que eles querem é fazer o governador de refém.

Veja o caso da associação dos delegados.

Colocaram uma nota contra a criação de mais delegados oficiais.

Em 96 horas, aprovou-se por unanimidade.

A associação teve que retroceder.

O caminho é o diálogo.

O governador deu sinais claros de que vai resolver. É um erro tentar fazer diferente.

O comando da PM também está empenhado em resolver.