Da Agência Câmara A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, realiza audiência pública na manhã desta quinta, 29, para discutir a segurança do processo eletrônico de votação no Brasil.

O debate foi proposto pelo deputado Maurício Quintella Lessa (PR-AL).

O parlamentar argumenta que, apesar da garantia do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de que o sistema eletrônico de votação é seguro, alguns países, como EUA, França e Itália, não implantaram as urnas eletrônicas em decorrência da possibilidade de sua violação.

Ele lembrou que, na última eleição, por exemplo, especialistas apontaram a ocorrência de diversas irregularidades nas eleições para governador de Alagoas.A entidade Fórum do Voto Eletrônico, que vai participar da audiência, argumenta que as urnas eletrônicas não permitem recontagem nem conferência dos resultados e sugere a impressão paralela do voto pela própria urna, conferido pelo eleitor e recolhido automaticamente para contra-prova, sem contato manual.

Lacres O TSE explica que todas as informações carregadas na urna eletrônica são identificadas pelas respectivas assinaturas digitais.

Além disso, a urna recebe um lacre físico, e o programa só permite que ela funcione no dia e hora predeterminados.

Após o encerramento da eleição, a urna grava internamente o Boletim de Urna (BU), emite as vias impressas e faz, de forma cifrada, uma cópia em disquete.

Essa cópia é transmitida para a central de totalização, que verifica se o BU pertence a uma seção eleitoral válida e se não há duplicidade.De acordo com o TSE, hackers não conseguem acessar os programas das urnas eletrônicas porque elas não são conectadas em linha telefônica nem em rede de computadores.

Foram convidados para discutir o assunto o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Velloso, o reitor do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) Reginaldo dos Santos e o engenheiro Amílcar Brunazo Filho, representante do Fórum do Voto Eletrônico.