A promotora de justiça do consumidor de Olinda, Helena Capela, convocou para a próxima terça, 3 de abril, a partir das 14h30, audiência pública com o objetivo de discutir a "democratização e organização" na venda de ingresso e no acesso a espetáculos no Centro de Convenções.
A iniciativa de debater o problema surgiu depois que a promotora constatou pessoalmente, na semana passada, o tumulto ocorrido na venda de entradas para o show de Chico Buarque. “A inexistência, por exemplo, de um sistema informatizado provoca muita demora nas filas", diz a promotora. "As pessoas têm que escolher os lugares em um papel e isso impede a agilidade”, afirma.
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) também recebeu reclamações sobre a ação de cambistas e a falta de controle na venda de meias-entradas, além da demora nas filas. “Vamos ver a possibilidade de que o número das carteiras de estudante seja registrado para evitar que a mesma pessoa compre mais de um ingresso”, disse Helena Capela.
Outro ponto que será tema da audiência é a cobrança antecipada do estacionamento que, no último final de semana, atrasou em mais de meia hora os espetáculos da companhia de dança Débora Colker em função dos engarrafamentos provocados na entrada.
A expectativa da promotora Helena Capela é firmar um termo de ajustamento de conduta estipulando metas e prazos para tornar mais eficaz o atendimento aos consumidores.
Entres os convidados para a audiência estão o presidente da Empetur, Allan Pires Aguiar; a presidente da Associação de Defesa do Consumidor (Adecon), Rosana Grinberg; a presidente da Associação de Defesa dos Usuários de Planos de Saúde, René Patriota, que entrou com representação no MPPE sobre o assunto; representantes do movimento estudantil, do procon estadual e do procon de Olinda.
A sede da promotoria fica na Avenida Pan-Nordestina, 646, ao lado do Fórum.