A Controladoria-Geral da União (CGU) neste momento está realizando apurações envolvendo atuais e ex-dirigentes da Infraero.

Considerando todos os processos administrativos concluídos diretamente pela CGU ou por outros órgãos do Poder Executivo nos últimos quatro anos, de 2003 até fevereiro de 2007, foi determinada a aplicação da pena de demissão a 1.035 agentes públicos da Administração Federal.

Apenas em 2006, foi de 300 o número de demissões determinadas.

Exemplo disso, foi a demissão do ex-diretor de Administração da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e técnico de planejamento e pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Antônio Osório Menezes Batista, em novembro de 2006; e a dispensa por justa causa do ex-diretor de Tecnologia e Infra-estrutura, também da ECT, Eduardo Medeiros de Morais, em setembro de 2006.

A CGU concluiu o processo administrativo disciplinar que investigou irregularidades na evolução patrimonial do ex-subsecretário de Planejamento, Orçamento e Gestão do Ministério do Trabalho e Emprego Manoel de Souza Lima Neto.

A partir da análise do processo, o ministro Jorge Hage decidiu pela aplicação da pena de demissão ao servidor.

O processo de Manoel Neto foi o primeiro caso concluído de sindicância patrimonial originada por uma comunicação do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sobre movimentação financeira atípica.

No caso, transações financeiras que superavam o valor de R$ 1 milhão, realizadas entre Manoel Neto, a esposa dele e um pedreiro.

Essa quantia seria incompatível com o patrimônio e a ocupação profissional das três pessoas mencionadas.