Os funcionários do BC farão, amanhã, uma paralisação de advertência de 24 horas em todo o país por recomposição salarial.

A categoria reivindica equiparação salarial com os fiscais da Receita Federal e a recuperação de sua situação dentro do funcionalismo público do Executivo.

O presidente do Sindicato dos Funcionários do Banco Central - Regional São Paulo - Daro Marcos Piffer, afirma que a categoria foi prejudicada por conta dos reajustes diferenciados que o governo federal concedeu às vésperas da eleição para o servidor público no ano passado.

Enquanto o corpo funcional do BC teve uma recomposição de 10%, índice que se referia à campanha salarial de 2005, as demais categorias receberam um aumento de cerca de 30% referentes a 2006. "Essa desproporção criou uma distorção no quadro do funcionalismo tão severa que jogou os funcionários do BC do segundo para 19° lugar no ranking de cargos e carreiras do Executivo (veja quadro abaixo)", revela Daro Piffer.

O presidente do SINAL-São Paulo responsabiliza o antagonismo entre o Ministro da Fazenda , Guido Mantega, e o presidente do órgão, Henrique Meirelles, pelo atual quadro da categoria. "Essas diferenças prejudicaram os funcionários do BC que se viram desprestigiados ainda mais após a posse de Guido Mantega na Fazenda", acredita ele. "Estão transformando os funcionários do BC, qualificados e estratégicos para o bom funcionamento do sistema financeiro, numa categoria se segunda classe", acusa ele.