É bastante curioso o anúncio de implantação de 600 câmaras e 300 rastreadores no sistema de transporte do a Região Metropolitana do Recife ainda este ano.

A cada 90 dias, a partir de abril, 300 coletivos vão contar com dispositivos.

Primeiro, o usuário deve estar se perguntando porquê não se fez antes.

Os empresários não estavam preocupados com a segurança dos seus passageiros?

O governo passado não estava nem aí?

Se era possível, porque não se colocou antes?

Pelo que foi divulgado, os próprios empresários ficarão responsáveis pela implantação das mudanças. É algo louvável.

Ninguém seria louco de ficar contra medidas que ajudem a combater a violência.

No entanto, podem ser feitos questionamentos, sim, quanto à forma que a medida é implantada.

Se a EMTU está refazendo a licitação para o sistema de bilhetagem e essas facilidades podem ser agregadas, qual a razão para não licitá-las e contratá-las diretamente, pelos empresários.

Não poderia haver redução de preços, economia, com um único fornecedor?

Os empresários de ônibus deram declarações dizendo que não vão onerar a passagem.

Pode não onerar agora, mas tudo é custo e chega uma hora que a fatura será apresentada.

Hoje, o sistema complementar, de microônibus, já usa o sistema, pagando R$ 270 por mês por veículo.

Pelo que consigo perceber, a EMTU está sinalizando que pretende mesmo esvaziar a licitação pública do sistema de bilhetagem (automação do sistema de pagamento), entregando diretamente aos empresários as contas do sistema.

Do contrário, qual a razão para não unificar as mesmas facilidades, incluindo o GPS, as câmaras, com os mesmos validadores dos bilhetes?

Veja o que o caderno de Cidades publicou hoje aqui.