Longe de mim achar que os empresários de ônibus da cidade não estejam verdadeiramente empenhados em combater a violência, mas apenas interessados em onerar o sistema, para depois justificar aumento de passagens.

Por acreditar nisto, gostaria de apresentar uma sugestão concreta.

Que tal avançar em definitivo com a automação do sistema de pagamento com a venda de bilhetes comuns, como o Passe Fácil?

Com a implantação dos cartões eletrônicos para o conjunto dos usuários - hoje só usam os cartões os trabalhadores e os estudantes - os assaltantes não teriam o que levar dos ônibus.

Acaba o fator de interesse dos marginais ou não?

Não é melhor tirar em definitivo o dinheiro dos ônibus do que colocar câmara para filmar os marginais em ação?

O cartão poderia ser batizado até de Bilhete Cidadão Hoje, cerca de 20% dos cartões já implantados são de estudantes.

Outros 35% é de Vale Transporte, usado por trabalhadores.

O restante é pago em dinheiro e poderia estar sendo vendido até em bancas de revista, se houvesse interesse.

Em São Paulo é assim, por exemplo.

Com essa evolução, mais ou menos R$ 22 milhões dos cerca de R$ 50 milhões que o sistema movimenta por mês poderiam sair de circulação, em um passe de mágica.

Os malas não teriam mais o que assaltar, pelo menos na mão dos cobradores.

Se a EMTU fizesse isto, ao menos o cidadão teria uma opção, não teria que ser obrigado a andar com dinheiro no bolso para ser assaltado.