A distribuidora de medicamentos Expressa, empresa que tinha uma funcionária empregada na gerência de assistência farmacêutica da Secretaria da Saúde, demitida na semana passada pelo secretário de Saúde do Estado, Jorge Gomes, sob a alegação de que não aceitará dupla militância entre os funcionários da pasta, informou que nunca foi beneficiada pela situação.

Em entrevista ao Blog, a diretora comercial da empresa, Maria José Nunes, disse que o ex-secretário Gentil Porto tinha conhecimento da situação, comunicada verbalmente pela própria funcionária prestadora de serviço. “Temos 22 anos de mercado e nunca o nosso nome foi envolvido com problemas, como desvios de medicamentos ou fraudes no país”, afirmou.

Nesta semana, a empresária estará reunindo-se com o secretário Jorge Gomes, de Saúde, para falar do episódio.

Leia, a seguir, um resumo da conversa.

Ex-secretário sabiaEla fez isto pessoalmente.

De forma verbal.

Como é uma funcionária muito técnica e eficiente, vamos mantê-la conosco.

Isto era de conhecimento público.

Não existia nada de irregular.

Se tivesse alguma coisa ilícita, a gente não regularizaria ela na nossa empresa.

Sem poder de mandoEla não assinava nada.

Não dava parecer.

Não tinha poder de decisão.

Só assessorava o farmacêutico-chefe da Secretaria.

Nem podia homologar nada, porque os pregões são eletrônicos.

Ela também não criou os editais.

PreçoOs produtos que fornecemos para a Secretaria estão dentro da margem de mercado.

No caso dos produtos para hepatite, atendemos exatamente o preço que a secretaria orçou.

Foi o preço que a secretária pediu.

No caso em questão, o processo de licitação previa um preço unitário de R$ 1.096,52 (para 12 mil unidades do interferon peguilado).

Foi o que oferecemos, de acordo com o que foi homologado no processo de licitação 301/2006.

ReuniãoVamos pedir uma reunião com o secretário para salvaguardar nossa empresa.

Temos contratos com secretarias de Saúde em quase todos os estados deste país.

Tudo regular.

Temos que não houve beneficiamento.

Estava tudo dentro do preço de referência.

Nós somos uma empresa séria.

Mudou a gestão, mas continuamos prestando bons serviços para o Estado, até com o adiantamento de mercadorias.