Da Editoria de Política do Jornal do Commercio Assessor especial do governador Eduardo Campos(PSB)para a área de segurança pública, o sociólogo José Luiz Ratton evitou comentar o discurso feito por Eduardo na abertura do Fórum Estadual de Segurança Pública, no último sábado, no Colégio da Polícia Militar, no bairro do Derby, no Recife.

Questionado se via ligação entre o recado do governador e os conflitos em torno do projeto de lei do Executivo que atinge a Polícia Civil, Ratton disse que preferia não se pronunciar sobre o tema, que não faz parte de suas atribuições. “Não vou interpretar o que o governador disse nem para quem seria o recado.

Só posso dizer que essa medida (que amplia as vagas para delegados especiais) não passou por mim.

Essa parte de polícia quem responde é Romero Meneses (secretário de Defesa Social).

Eu sei exatamente qual é o meu papel”, esquivou-se Ratton.

Por meio da assessoria de imprensa, Meneses informou que pela SDS o projeto não sofrerá modificação, porque o atual “atende às expectativas de uma nova polícia”.

Para Luiz Ratton, o projeto “está em consonância com uma concepção aberta de polícia que a sociedade deseja”. “O governador está deixando claro que ele pessoalmente é o condutor da segurança pública do Estado.

Eu faço parte da equipe dele, sou ligado a ele diretamente.

Mas a minha função é bem específica e voltada para a sociedade”, explicou.

O sociólogo e pesquisador é oriundo do Departamento de Sociologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e coordenador do Fórum Estadual de Segurança Pública - uma das primeiras ações do Pacto pela Vida.

Cabe a ele, entre outras atribuições, compilar a produção dos debates que vão dar origem ao Plano Estadual de Segurança Pública.

A primeira etapa ocorreu no final de semana, no fórum que reuniu, em dois dias de evento, cerca de 230 pessoas, no Colégio da Polícia Militar.

Novo encontro do grupo foi marcado para os dias 21 e 22 de abril.

APOIO No discurso feito na abertura do fórum, chamou atenção dos presentes o fato de o governador afirmar que “defenderá a integridade” dos que apóiam o plano de segurança pública para o Estado.

Eduardo Campos enfatizou na ocasião que “ninguém imagine que o Pacto pela Vida é idéia de nenhum secretário, pesquisador ou de uma pessoa”, deixando claro que a condução da política de segurança está sob sua tutela e todas as ações demandam da sociedade. “Essas coisas (as medidas do Pacto) nasceram da sociedade que reclama.

E como governador vai me caber defender a integridade de todos que vão militar nessa causa”.