Em reunião com deputados no Palácio das Princesas nesta segunda, 26, o governador Eduardo Campos comparou as resistências contra mudanças na Polícia Civil à Revolta da Vacina, enfrentada pelo médico sanitarista Oswaldo Cruz, em 1904, no Rio de Janeiro.
O episódio a que se referiu o governador foi um movimento de insatisfação popular que surgiu em novembro daquele ano, tomando conta das ruas do Rio de Janeiro, então capital federal, por mais de uma semana.
A população reagiu violentamente à obrigatoriedade de se vacinar contra a varíola.
Foi preciso que o o governo federal colocasse as tropas na rua para controlar os ânimos. “Quando pretendemos inovar, temos que nos preparar para enfrentar os preconceitos e a desinformação daqueles que querem distorcer os fatos”, disse Eduardo.
Nesta segunda, o governador enviou à Assembléia Legislativa uma emenda modificando o texto original do projeto que aumenta o número de vagas no quadro profissional da Polícia Civil.
A emenda modificativa amplia ainda mais as vagas para peritos criminais (96) e médicos legistas (95).
Ela será votada após o texto original, que também prevê a criação de novos cargos para delegados e reestrutura o comando da Polícia Civil.
Na manhã desta terça, 27, a partir das 10h, haverá audiência pública sobre o projeto.
E à tarde a matéria começa a ser votada.
A deputada de oposição Terezinha Nunes (PSDB), disse que os oposicionistas (16 dos 49 deputados estaduais) não vão criar problemas para o governo. “A área é muito séria.
Por isso, o que a gente puder fazer para ajudar o governo, nós faremos", afirmou a deputada. "Apenas achamos que é um exagero o aumento no número de delegados especiais (de 41 para 150)”, concluiu.