Por José Otávio de Meira Lins* Não me conformo.
Não me conformo mesmo!
Toda vez que passo pela frente das obras interrompidas das duas torres da Moura Dubeux no Bairro de São José(naquele lugar que os mendigos se concentram para receber a bendita sopa caridosa), meu coração aperta.
As torres me lembram as desastrosas placas de aviso sobre tubarões colocadas nas entradas de nossa cidade que nós, mobilizados como sociedade, conseguimos retirar.
Qual o porquê de mais uma ação discrepante com os anseios da sociedade praticada pelo Ministério Público?Academicismo legal?
Essas intervenções nos chegam ao conhecimento pelos jornais e ficamos apatetados sem reação diante delas.
Gente - vamos reagir - cabe a cada um de nós externar nossa indignação por essas ações dissociadas da vontade da nossa sociedade e tomadas em gabinetes fechados.
Não se conforme, as torres representam o renascer daquele bairro, é a primeira grande iniciativa de um grande projeto para o Recife representado pelo Projeto Recife-Olinda, ceifado no seu nascedouro por essa interdição.
Vamos possibilitar o renascimento de uma parte do Recife agonizante (aquele que vem da Vila da Marinha junto ao Shopping Tacaruna até Brasília Formosa).
Depois da mobilização das placas, chegou a vez de lutar pelas duas torres.
Vale a pena despender dois tostões de cada um em mobilização, indignação e protesto. *Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Pernambuco (ABIH-PE)