A mais nova edição da revista Algomais trata da refinaria da Petrobras sem os venezuelanos “Alguma coisa mudou na relação comercial entre a Petrobrás e a venezuelana PDVSA, parceiras na refinaria Abreu e Lima, em Suape”, garante a publicação.

O mote dos comentários é a mais recente movimentação da estatal brasileira, que, associada à Braskem (Odebrecht) e ao grupo Ultra, comprou a Companhia Brasileira de Petróleo Ypiranga, objeto de desejo de Hugo Chávez para esverdear sua diplomacia do petróleo.

A Petrobrás, por conta da compra da Ypiranga, vai deter 40% da distribuição de combustíveis no Norte e Nordeste.

Isso põe fim à estratégia da PDVSA de abastecer essas regiões com petróleo da Venezuela refinado no litoral sul de Pernambuco.

Segundo a revista, os diretores da Petrobrás comemoraram o xeque-mate em Chávez. “Mas não se soube qual foi a reação dos venezuelanos com a ocupação dos postos da Ypiranga pela estatal brasileira.

Essa ação, acreditam alguns políticos locais, pode inviabilizar a participação da Venezuela no negócio da refinaria Abreu e Lima.

Mas a esta altura não é mais imprescindível a participação da PDVSA, diz uma liderança do governo Lula.

Segundo ela, a Petrobrás tem condições de tocar sozinha o projeto e, inclusive, já lançou a refinaria de Pernambuco no seu port-folio da Bolsa de Valores de Nova York, sem a devida referência à estatal venezuelana.

Por esse entendimento, a refinaria já é uma realidade para o Governo Lula.

Mas foi essa mesma administração que cozinhou o lançamento da refinaria Abreu e Lima.

Só agindo depois da pressão do presidente Hugo Chávez, que encontrou razões históricas para instalar a planta em Pernambuco, uma vez que os dados técnicos já avalizavam a sua construção.

Como se comportarão os petroleiros do Brasil se o presidente Chávez deixar o projeto?

A refinaria de Pernambuco não pode ter mais atrasos, defende a publicação.