O advogado Jorge Marques, assessor extraordinário de Newton Carneiro, estranhou as declarações feitas pelo prefeito de Jaboatão ao Jornal do Commercio dizendo que não vai comparecer ao Ministério Público para depor no caso Yapoatan. "É melhor ir de livre e espontânea vontade do que tentar livrar-se de uma intimação", disse o assessor.

O advogado lembrou que partiu dele mesmo, Jorge Marques, a iniciativa de marcar o depoimento para esta terça-feira, 27. "Liguei para o procurador do trabalho Renato Saraiva marcando o horário e ele me pediu para levar o prefeito", conta.

Segundo Marques, o prefeito tem, de fato, foro privilegiado em questões ligadas à justiça.

Mas não vê sentido em Newton Carneiro utilizar essa prerrogativa, já que está sendo convidado a depor na qualidade de testemunha do caso.

Na semana que passou, o procurador Renato Saraiva explicou que não há indícios de participação do prefeito no que chamou de conluio fraudatório entre funcionários da Fundção Yapoatan e uma das filhas de Newton: Solange Manoela, que seria beneficiada com uma indenização trabalhista no valor de R$ 800 mil.

Saraiva chegou a elogiar o prefeito, dizendo que ele havia tomado as medidas que lhe cabiam para evitar o pagamento.

O procurador do trabalho ficou, então, de marcar os depoimentos de Newton Carneiro, do assessor Jorge Marques e do procurador geral de Jaboatão, Aldemar dos Santos, para esta semana.

Mas nem precisou notificá-los, já que foi procurado pelo próprio Jorge Marques.

Quem também deverá depor nos próximos dias, no Ministério do Público do Trabalho, é Maria Tenório de Moura, advogada de Solange Manoela.

No final da noite dessa sexta, 23, ela divulgou nota relacionando os principais pontos da defesa.

Veja a íntegra mais abaixo.