Por Gilvan Oliveira O governador Eduardo Campos (PSB) reagiu com dureza à iniciativa ao projeto de lei apresentado pela deputada Terezinha Nunes (PSDB) que pede a liberação da senha do Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios (Siafem). “Eles não tem autoridade moral para falar desse tema”, reagiu.
Durante visita ao Brazil National Tourism Mart, mesa de negócios turísticos realizado no Centro de Convenções, em Olinda, ele também procurou desvincular o tratamento político por parte de seus auxiliares às análises comparativas entre a atual gestão e a anterior – Jarbas Vasconcelos/Mendonça Filho –, afirmando usar critérios técnicos em dois episódios que sobraram críticas aos jarbistas: a alegada má-gestão na secretaria de Saúde e a contratação temporária de professores pela pasta de Educação todas no governo do peemedebista.
SIAFEM“Pelo amor de Deus, um governo que tem as contas na internet à disposição, coisa que nunca houve, que sempre foi negado.
Um governo que tem compromisso com transparência, mandou a lei do nepotismo, que está fazendo as coisas que a sociedade entende como positiva.
Falar uma coisas dessas me parece uma falta de respeito à opinião pública.
O Estado liberou suas contas sem senha (através do Portal da Transparência).
Não posso liberar as contas do Poder Legislativo, do Ministério Público, do Tribunal de Contas e do Tribunal de Justiça.
O que eu posso, eu fiz, sem senha.
O governo dos que querem senha agora negou-a por oito anos. É abusar da inteligência alheia.
Eles não tem autoridade moral de falar sobre esse tema.”COMPARAÇÕES“Não estamos fazendo isso (comparações entre as gestões) como uma política.
Recebemos as entidades médicas que nos colocaram um ofício, dizendo que fizeram várias reuniões nos hospitais e apuraram aquela situação, depois o Ministério Público acionou Jorge Gomes (secretário de Saúde) e o Conselho Estadual (de Saúde) e pediu as informações.
Ele foi levar para o Conselho, mostrar a situação que nós partimos para que as pessoas acompanhem da onde saímos e para onde vamos.
A questão da educação, o secretário recebeu uma intimação do Ministério Público com cinco dias para falar.
Então tivemos que tornar público o problema.” CIVILIDADE“Ninguém nunca viu um nível de civilidade dessa que estamos tendo.
Ganhamos a eleição pela mais expressiva vitória política que já houve em Pernambuco.
Sinal que o governo passado, aos olhos do povo, não foi reconhecido.
Assumimos e estamos procurando manter, com todo o equilíbrio, o olhar para o futuro.
E os setores da nossa oposição parece que não se acostuma em ter um nível de civilidade política maior.
Precisamos dizer o que encontramos, até para ser cobrado.”OPOSIÇÃO“Eles (oposição) governaram por oito anos, abriram cinco CPIs, fizeram toda uma discussão.
Nós não estamos fazendo isso e eu tenho dentro da minha base gente que discorda dessa posição.
Ouço todos os dias as pessoas falarem que estou cometendo os mesmos erros de Dr.
Arraes e do presidente Lula em não dizer o que encontrou.
E eu tenho dito: ‘A gente precisa olhar para o futuro, quero fazer as coisas, é um momento bom para Pernambuco e a gente precisa da unidade dos pernambucanos’.
Eu estou fazendo a minha parte, procurando dar minha contribuição, com toda a tranqüilidade”.