Depois de ter sido acusado pelo governador Jarbas Vasconcelos de estar usando um blog pessoal para promover-se e chamar a atenção para a sua figura, de olho na próxima eleição, o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira, disse ao Blog que sempre escreveu, só que agora eletetronicamente também. “Jarbas deve ter esquecido, mas eu já fiz até reportagem com ele.

Eu o entrevistei no tempo da Ditadura para o jornal do Partidão”, afirmou, em tom de brincadeira, lembrando o tempo em que Jarbas era uma liderança do chamado PMDB histórico.

Sobre a maior exposição, disse que ela ocorre agora porque, faltando dois anos para o final do mandato de João Paulo, ele não tem mais como prejudicar sua gestão com suas opiniões, tendo mantido sempre a lealdade ao chefe. “Acabou a fase da discrição”, diz.

No seu blog, Siqueira falou hoje sobre a posição do PCdoB sobre a sucessão de João Paulo.

Leia abaixo: Desde o dia seguinte (sem exagero) ao primeiro turno do pleito de outubro, quando se encerrou a disputa pela vaga no Senado, somos diariamente abordados em toda parte acerca da possibilidade do PCdoB apresentar candidato a prefeito do Recife – sendo o atual vice-prefeito o nome citado.

Nada mais natural.

Isso decorre, certamente, da percepção que parcelas da sociedade recifense têm do papel positivo do vice-prefeito como auxiliar do atual detentor do cargo, o prefeito João Paulo, em duas sucessivas gestões plenamente vitoriosas.

E da boa impressão causada pelo expressivo resultado obtido nas urnas, perto de 900 mil votos no estado e mais de 220 mil votos no Recife (33% dos votos válidos) numa disputa dificil contra um adversdário muito forte – o senador eleito Jarbas Vasconcelos – e ainda tendo que concorrer com outro candidato competivo, o atual secretário estadual da Saúde Jorge Gomes, do PSB.

Demais, o PCdoB e o vice-prefeito guardam relações amistosas e de confiança mútua com todas as correntes políticas que em Pernambuco se unem no apoio aos governos Lula, Eduardo Campos e João Paulo.

A hipótese de uma candidatura do PCdoB, além desses fatores, é abordada pela imprensa de modo recorrente.

De certa maneira trata-se de algo que vem "de fora para dentro do partido".

O PCdoB, entretanto, não se deixa perturbar com isso.

Mantém a serenidade e permanece firme no propósito de contribuir para a unidade do campo de forças do qual faz parte.

Não pretende, sob hipótese nenhuma, atropelar o processo sucessório, nem admite ser fator de divisão das forças aliadas.

De outra parte, consideramos legítimo que os demais partidos do nosso campo – PT, PSB, PTB, PMN, PDT e outros – trabalhem a hipótese de apresentar candidatos.

Por isso, para os comunistas, não está na ordem do dia lançar candidatura a prefeito do Recife.

O partido se pronunciará no momento devido, no ambiente de convivência unitária que, isso sim, deseja preservar com os aliados.