Depois de colher nesta quarta os depoimentos de quatro funcionários da Fundação Yapoatan, o procurador Renato Saraiva quer ouvir agora Solange Manoela Carneiro e sua advogada, Maria Tenório de Moura.

Solange receberia R$ 800 mil da Yapoatan se o acordonão tivesse sido suspenso temporariamente através de liminar do TRT.

Sua advogada levaria R$ 160 mil como honorários.

O prefeito de Jaboatão, Newton Carneiro, seu assessor jurídico, Jorge Marques, e o Procurador Geral do Município, Aldemar dos Santos, também deverão depor nos próximos dias.

Mas unicamente para ajudar o Ministério Público do Trabalho a reunir dados suficientes para mover uma ação rescisória pedindo a anulação definitiva do processo.

Segundo o procurador Renato Saraiva, Newton só teriatomado conhecimento do acordo depois da homologação.

E por meio de seus assessores adotou medidas para evitar os pagamentos.

Saraiva explicou que, por enquanto, também não pretende chamar a deputada Elina Carneiro para depor.

Nos depoimentos tomados nesta quarta, ela foi citada apenas pela advogada da Fundação Yapoatan, Fernanda Campos Casado Lima.

Segundo a advogada, antes do acordo ser firmado na justiça, Elina e Solange teriam se reunido com ela para falar sobre o processo.

As duas são irmãs.

O Ministério Público do Trabalho também está avaliandoa necessidade de ouvir o juiz substituto que homologouo acordo no dia 29 de janeiro: José Augusto Segundo Neto.

Dos quatro funcionários da Fundação Yapoatan que depuseram nesta quarta, dois causaram boa impressão nos procuradores do trabalho.

A diretora Maria Sizenalda Timóteo e o chefe de gabinete, Alexandre Gomes.

Para Renato Saraiva, aparentemente os dois cumpriram ordens.

Sizenalda representando a presidente da Fundação no dia do acordo.

Gomes assinando um documento relativo a reserva de recursos para o pagamento da indenização.