"O sentimento que temos é de que houve conluio fraudatório objetivando acordo judicial de valor altíssimo", disse agora à tarde o Procurador do Trabalho Renato Saraiva, depois de quase 6 horas ouvindo depoimentos de quatro funcionários da Fundação Yapoatan, órgão do governo municipal de Jaboatão.

A fraude envolveria diretamente a advogada da entidade, Fernanda Campos Casado Lima, a filha do prefeito Newton Carneiro e ex-funcionária da Fundação Yapoatan, Solange Carneiro, além de sua advogada Maria Tenório de Moura.

Segundo Saraiva, houve também omissão da Presidente da Fundação Yapoatan, Julieta Pontes, que não se cercou de cuidados para evitar o acordo milionário no valor de R$ 960 mil - R$ 800 mil para Solange e R$ 160 mil de honorários advocatícios.

Ele explicou ainda que, até o momento, não há qualquer indício de participação do prefeito Newton Carneiro na fraude. "Muito ao contrário, quando soube do acordo, o prefeito foi diligente no sentido de evitar o pagamento", afirmou.

Mesmo assim, o Procurador deve notificar Newton Carneiro para depor nos próximos dias, com o intuito de colher mais informações.

Os quatro funcionários da Fundação Yapoatan ouvidos nesta quarta, na sede da Procuradoria Regional do Trabalho, no Espinheiro, foram Julieta Pontes (presidente), Maria Sizenalda Timóteo (diretora), Alexandre D.

Gomes (chefe de gabinete) e Fernanda Campos Casado Lima (advogada).

Na tomada dos depoimentos, o Procurador Renato Saraiva foi acompanhado pelo Procurador Chefe do Ministério Público do Trabalho da 6a.Região, Manoel Goulart, e pela também Procuradora do Trabalho, Melícia Carvalho.

Mais daqui a pouco.