Ainda não é possível dizer se a presidente afastada da Fundação Yapoatan, Julieta Pontes, participou de conluio com Solange Carneiro, filha do prefeito de Jaboatão, no caso do acordo trabalhista milionário.

Mas os procuradores do trabalho que ouviram seu depoimento nesta quarta estão convencidos de sua negligência. "Não sabemos se a omissão de Julieta foi dolosa (intencional).

Mas houve má gestão do patrimônio público", afirmou o procurador Renato Saraiva.

Para a também procuradora do trabalho Melícia Carvalho, que ouviu os funcionários da Yapoatan junto com Saraiva e o Procurador Chefe Manoel Goulart, a presidente Julieta Pontes tinha obrigação de investigaros valores do acordo. "Nem mesmo em um caso de morte se dá uma indenização de quase R$ 1 milhão", afirmou.

Solange Carneiro, ex-funcionária comissionada da Fundação, pede indenização de R$ 800 mil por conta de um acidente que teria ocorrido na Yapoatan, em 1998, reduzindo os movimentos de sua mão direita.