Por Giovanni Sandes O nome de Marta Suplicy para o Ministério do Turismo foi recebido com ressalvas pelo trade turístico, que se mostrou apreensivo pela falta de histórico da petista com o setor.

Os empresários, consultados ontem à noite após a confirmação do nome de Marta para a vaga ocupada até então por Walfrido dos Mares Guia, temem que ela desmonte a equipe de técnicos formada no ministério pelo petebista, nos seus quatro anos de gestão.

O Ministério do Turismo ganhou autonomia em 2003, no início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na administração do tucano Fernando Henrique, fazia parte do Ministério dos Esportes e Turismo.

Desde sua criação, no primeiro mandato de Lula, a pasta federal ganhou peso e conseguiu ampliar seu orçamento, o que deu destaque a Walfrido junto ao empresariado.

Agora, o ministério passará por sua primeira troca de comando. “Estou apreensiva com a indicação.

Aliás, todos estamos.

A gente não tem referência sobre o conhecimento dela a respeito do tema. É uma indicação mais política do que tudo.

E, pela imprensa, tomamos conhecimento de que ela não queria o ministério, como se fosse uma pasta de segundo escalão.

Tenho receio de que não haja continuidade nas ações”, critica a presidente do Sindicato das Empresas de Turismo (Sindetur), Lizete Maioli. “Não há o que fazer.

Há uma grande negociação para a nomeação dos ministros e para ampliar a base de apoio ao governo federal.

Espero que Marta Suplicy não resolva desmontar o ministério.

Espero que ela venha a incorporar os técnicos”, resume o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), José Otávio Meira Lins.