O menor J., 17 anos, que está sendo acusado de matar o estudante Djavan José dos Santos, 14, passou por três cirurgias para se recuperar de um atropelamento sofrido em 2000.

O acidente ocorreu na frente do colégio onde ele estuda.

Segundo sua mãe, que trabalha como zeladora, J. teve traumatismo craniano e foi submetido, na época, a uma cirurgia no estômago, outra no umbigo e uma terceira na cabeça.

A mãe contou que o filho permaneceu em coma por sete dias e chegou a se tratar com o remédio gardenal, por cerca de quatro anos, para evitar convulsões.

Segundo ela, J. tem dores de cabeça freqüentes, mas não é agressivo. "Quando fazem muita raiva, ele rói as unhas", disse.

J. se diz inocente e acredita estar sendo acusado pelo assasinato de Djavan José dos Santos por causa de uma briga que tiveram dois meses atrás.

Eles discutiram para ver quem levava as compras de um cliente de um supermercado e teriam trocado tapas. "Agora botaram a culpa em mim.

Mas estou no meu canto e confio em Deus", disse o menor.

Neste momento, J. e sua mãe estão na delegacia de Sirinhaém para serem ouvidos pelo delgado Róbson José de Melo.

O pai do garoto assasinado, Cícero José dos Santos, 33 anos, também vai prestar depoimento nesta terça, à tarde. "O povo da cidade está cismado com essa morte.

Mesmo que ele seja menor, quero que botem esse cara na chave", disse.