Da Editoria de Cidades Dois homens numa moto assassinaram ontem à tarde em Santo Amaro, área central do Recife, a manicure Nadja de Moraes Castro, 50 anos.
Outras duas mulheres foram vítimas de violência na Região Metropolitana.
Com os crimes, sobe para 69, pelo menos, o número de mulheres mortas este ano em Pernambuco.
O homicídio de Nadja foi presenciado por um adolescente, filho de criação da manicure, e duas meninas, netas dela.
Dois policias militares que faziam a ronda a pé pelo bairro chegaram a trocar tiros com os bandidos, que fugiram.
Ela voltava da visita a um filho preso, quando os assassinos a executaram, na frente da Igreja Batista de Santo Amaro, na Avenida Norte, nº 630.
Os soldados Márcio Cabral e Raul Soares estavam do outro lado, na esquina da avenida com a Rua do Sossego e ouviram os disparos. “Era uma moto Honda Bros vermelha.
O carona usava uma camisa do Sport com o número 9”, descreve Cabral.
Quando viram os policiais, os dois bandidos atiraram na direção deles. “Nos protegemos atrás de uma árvore e efetuamos, juntos, uns seis disparos”, lembra Soares.
Os soldados da PM não conseguiram anotar a placa da moto.
A mulher recebeu três tiros de pistola calibre 40, arma de uso exclusivo das Forças Armadas.
O perito do Instituto de Criminalística (IC) Epaminondas Barros disse que dois disparos atingiram a cabeça de Nadja na região da orelha e um terceiro, a testa.
A manicure, que também vendia bolo em Santo Amaro, morreu na rua.
Desesperados, o filho e as netas saíram correndo para casa, próximo ao local do crime.
Para o delegado Edinaldo Carvalho, de plantão ontem na Força Tarefa, o homicídio pode ter sido motivado por vingança.
Outra linha de investigação é o tráfico de drogas.
Além de dois filhos presos – Edson, no Presídio de Igarassu, e Eduardo, no Aníbal Bruno –, Nadja teve uma filha de 17 anos morta numa chacina ocorrida em Paulista, em 26 de maio de 2005.
O homicídio será investigado pela Delegacia de Santo Amaro.