O presidente do PTB, Roberto Jefferson, aquele que denunciou o Mensalão e contratou a ira eterna do presidente Lula, faz uma singela homenagem à honra do novo companheiro petista José Múcio Monteiro, escolhido por Lula seu líder do governo na Câmara dos Deputados. É pau puro.

Veja a nota, postada em seu blog hoje cedo.

Um agente das sombras O pior caráter que eu conheci na minha vida foi o de José Múcio, líder do Governo na Câmara.

Dei-lhe a mão, fiz ele líder da bancada do PTB, dividi as responsabilidades com ele e, também, as alegrias do comando partidário.

Mas com Múcio vivi o monopólio da tristeza e do sofrimento.

Sempre que dele precisei, que necessitei de sua lealdade e do seu apoio, ele me faltou.

Diferentemente de mim, que, como um urso, luta de pé e peito aberto, ele age como a cobra: escondido, nas sombras, atacando inesperadamente - e pelas costas.

Explico abaixo.

Aderindo Transcrevo nota publicada hoje na coluna “Panorama Político”, de O Globo: “Minoritário no PTB, seu presidente, Roberto Jefferson, está para abandonar a oposição ao governo Lula.

Antes de ressurgir, defendendo o governo petista, parou de atacá-lo com a virulência do passado.

Por causa do novo comportamento, o ministro Walfrido dos Mares Guia articulou para que o presidente da Confederação Nacional da Indústria, deputado Armando Monteiro (PTB-PE), voltasse a falar com Jefferson”, conclui o jornalista de O Globo.

Armando Monteiro, de quem eu não gostava por ouvir dizer, tamanha a má ausência dele feita por José Múcio aos meus ouvidos, teve comigo uma seriíssima conversa no princípio deste ano.

A partir daí, passei a respeitá-lo e a admirá-lo, porque ele é como eu: briga de frente, de pé, olhando nos olhos.

A conversa me permitiu desfazer toda impressão ruim que José Múcio gerara contra ele no meu espírito.

Por ser como eu, Armando estava tentando reconstruir a relação pessoal entre mim e Walfrido dos Mares Guia, abalada desde quando o ministro quis que eu renunciasse à presidência do PTB para que ele pudesse ser o presidente do partido no meu lugar, após a denúncia do mensalão.

Armando veio com muita habilidade, grandeza e desprendimento construir essa missão.

Somente José Múcio, informado por Armando, sabia disso.

Quando o jornalista Ilimar Franco, cumprindo a rotina da coluna de sua cunhada Tereza Cruvinel, a quem substitui eventualmente, chuta a minha imagem pública, mais uma vez, como fez sempre, faz um favor a José Múcio.

Ao Walfrido não interessava o vazamento da informação porque ele busca comigo a reconstrução das relações pessoais e sua reinserção no diretório do partido de onde foi defenestrado por mim.

Já Armando Monteiro é um homem de atitudes corretas, apesar de duras.

Atitudes solertes, rasteiras, de coxia e de pé de escada são curriculares ao simpático, envolvente, gabola e piadista José Múcio.

Leitor assíduo de Shakespeare, Múcio tem o caráter de Iago, personagem da tragédia de Desdêmona e Otelo.

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