Da Editoria de Política O procurador-chefe substituto do Ministério Público do Trabalho da 6ª Região, Aluísio Aldo Silva Júnior, instaurou um procedimento administrativo para investigar os envolvidos no acordo firmado entre a filha do prefeito Newton Carneiro (PSB) Solange Manoela Lopes Carneiro e a Fundação Centro Jaboatonense de Educação, Ciência, Tecnologia e Cultura (Fundação Yapoatan), órgão ligado à prefeitura do município.

Segundo divulgou o Blog de Jamildo, a apuração ficará sob a responsabilidade do procurador Renato Saraiva, que vai colher subsídios para fundamentar uma nova ação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 6ª Região, pedindo a anulação definitiva do acordo de R$ 800 mil para Solange Carneiro, mais R$ 160 mil de honorários advocatícios.

A presidente da Fundação Yapoatan, Julieta Pontes, a diretora do órgão Maria Sizenalda Timóteo e a advogada da entidade, Fernanda Campos Casado Lima, já foram notificadas.

As três serão ouvidas – uma de cada vez – na próxima quarta-feira (21), na sede da Procuradoria Regional do Trabalho.

A advogada de Solange Carneiro, Maria Tenório de Moura, também pode ser ouvida posteriormente.

A reunião do conselho curador da Fundação Yapoatan, que seria realizada na manhã de ontem para discutir o acordo trabalhista foi adiada para a próxima semana por falta de quórum.

A presidente da Fundação, Julieta Pontes, que afirma não ter autorizado a realização do acordo, pretendia conseguir do conselho a instauração de um processo interno disciplinar para encontrar os eventuais responsáveis.

No entanto, dos oito membros do conselho, apenas três compareceram, entre eles a própria Julieta Pontes.

O acordo trabalhista foi homologado em janeiro passado na 3ª Vara da Justiça do Trabalho de Jaboatão e prevê o pagamento de R$ 800 mil a Solange Carneiro e mais R$ 160 mil de honorários a seus advogados.

Mas está suspenso por uma liminar concedida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região a uma ação cautelar movida pelo Ministério Público do Trabalho.

Na audiência em que foi homologado o acordo, a entidade foi representada pela advogada Fernando Campos Casado Lima e pela diretora do órgão Maria Sizenalda Timóteo.

Depois do acordo, o chefe-de-gabinete da Fundação, Alexandre Gomes, enviou à Secretaria de Finanças do Município um documento em que solicitava verbas para o pagamento da ação.

Julieta Pontes nega que tenha concedido poderes à advogada Fernanda Lima e à diretora Maria Sizenalda para firmar o acordo.

Também diz que não assinou o documento encaminhado por Alexandre Gomes, que é sobrinho do prefeito Newton Carneiro.

PS: Ouvi dizer que este procurador é muito sério.

Suas ações, em tão pouco tempo, demonstram claramente.

Merece todo o nosso apoio no sentido de esclarecer a operação abortada.