A reunião do conselho curador da Fundação Yapoatan, que seria realizada na manhã dessa sexta para discutir o acordo trabalhista que envolve a entidade e a filha do prefeito Newton Carneiro, Solange Manoela, foi adiada para a próxima semana por falta de quórum.

A Presidente da Fundação, Julieta Pontes, que diz não ter autorizado a realização do acordo, pretendia conseguir do conselho a instauração de um processo interno disciplinar para encontrar os eventuais responsáveis.

Dos oito membros do conselho, apenas três compareceram, entre eles a própria Julieta Pontes.

O acordo trabalhista foi homologado em janeiro passado na 3a.

Vara da Justiça do Trabalho de Jaboatão.

Prevê o pagamento de R$ 800 mil a Solange Manoela e mais R$ 160 mil a seus advogados.

Mas está suspenso por uma liminar concedida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 6a.

Região a uma ação cautelar movida pelo Ministério Público do Trabalho.

Na audiência em que foi homologado o acordo, a presidente Julieta Pontes teria sido representada pela advogada Fernando Campos Casado Lima e pela diretora da entidade Maria Sizenalda Timóteo.

Depois do acordo, o Chefe de Gabinete da Fundação, Alexandre Gomes, teria enviado à Secretaria de Finanças do Município um documento em que levantava a possibilidade de se fazer o pagamento da primeira parcela.

Julieta Pontes nega que tenha concedido poderes à advogada Fernanda Lima e à diretora Maria Sizenalda para firmar o acordo.

Também diz que se negou a assinar o documento encaminhado por Alexandre Gomes, que é sobrinho do prefeito Newton Carneiro.