Quando estão em campanha, os políticos costumam dizer ao povo que farão mudanças e serão diferentes.

Depois de eleitos, a prática é outro.

Ontem, perguntei ao deputado estadual Sebastião Oliveira, do PR, qual a razão para exigir a manutenção de 70% dos cargos de assessoria do gabinete que ficou com o suplente de sua coligação, Soldado Moisés, do PSB, com a sua indicação por Eduardo Campos para o cargo de secretário de Turismo.

Primeiro, Oliveira corrigiu o editor deste Blog. “Não é 70%. É 50%.

São 12 cargos em 25”, informou.

Ao ser questionado se era correto, o deputado inicialmente afirmou que a iniciativa era normal, pois também acontecia com os deputados Ângelo Ferreira, José Chaves e Sílvio Costa. “Não é nada alienígena.

Por caso, eu fiz um acordo em Marte.

Não é desta terra?” “Pelo amor de Deus, me deixa em paz.

Vai perguntar ao José Chaves (secretário de Turismo e deputado federal do PTB)”, frisou ainda.

Com louvável sinceridade, diante da insistência do editor, Oliveira não escondeu a verdadeira razão que leva os políticos a realizarem acerto como estes. “Eu assumo o mandato e não preciso de cargos para o meu povo, não?

O que eu vou dizer ao povo que trabalhou para que eu vencesse as eleições?”.

Pronto, não precisa dizer mais nada.

Mas tem parentes? “Não tem parente.

Nunca tive”.

Menos mal.