As professoras Luciana Grassano e Fabíola Albuquerque foram eleitas pelos alunos, técnicos administrativos e docentes do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) para os cargos, respectivamente, de diretora e vice-diretora dessa unidade acadêmica da UFPE. É a primeira vez em seus quase 180 anos de história que a Faculdade de Direito do Recife (hoje CCJ) terá uma administração composta por duas mulheres escolhidas pela própria comunidade do centro.
Em 2005, a direção já havia sido exercida pela própria Luciana Grassano, mas como diretora indicada pelo reitor.
Luciana Grassano disputou a eleição com a chapa encabeçada pela professora Anamaria Torres.
A diretora eleita teve 56% dos votos válidos e Anamaria Torres, 43%.
Foi registrado 1% de votos brancos e nulos.
A professora venceu nos três segmentos da FDR - estudantes, técnicos e docentes, cujos votos tiveram o mesmo peso na disputa (33,3% para cada um).
A votação ocorreu quarta-feira pela manhã e tarde, sendo encerrada às 22h. À zero hora desta quinta-feira já estava concluída a apuração.
O resultado da consulta à comunidade será homologado pelo Conselho Departamental do CCJ na próxima semana e, em seguida, enviado ao reitor Amaro Lins para nomeação e posse da nova diretoria.
PERFIL - Luciana Grassano de Gouvêa Mélo tem 33 anos e ingressou na UFPE como professora em 1999. É bacharel em Direito pela UFPE, onde também fez o mestrado e o doutorado, tendo sido este último sanduíche com a Universidade Lusíada de Lisboa. É professora adjunta da FDR e também procuradora do Estado de Pernambuco.
Fabíola Santos Rocha tem 36 anos e começou a lecionar na Universidade Federal de Pernambuco em 1996. É formada pela Universidade Católica de Pernambuco e obteve o grau de mestre e doutora pela UFPE (sanduíche com a Universidade Federal do Paraná). É professora adjunta da Faculdade de Direito, com regime de dedicação exclusiva.
INDICAÇÃO - Por mais de quatro anos, o diretor do CCJ foi indicado pelo reitor da UFPE por conta de questionamentos jurídicos e administrativos ao pleito realizado em 2002, e solucionados apenas no final de 2006 com o arquivamento do processo pelo Conselho Universitário da UFPE e a determinação para realizar uma nova consulta à comunidade.
Durante o período em que ficou sem eleições diretas, o CCJ foi dirigido por quatro diretores pro tempore.