O senador Jarbas Vasconcelos não gostou nadinha das críticas que o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira, fez hoje, em artigo reproduzido aqui pelo Blog.
Em nota oficial, diz que Luciano é que não respeita o contraditório, queria que ele fosse adesista a Lula e sugere que ele não passa de um adulador do mandatário de plantão.
Veja a resposta de Jarbas a Luciano "Durante a campanha eleitoral de 2006, deixamos claras nossas propostas para o exercício do mandato de senador.
Entre elas está Reforma Política, a fidelidade partidária, o financiamento público das campanhas, o fim das coligações proporcionais e a ampliação da cláusula de desempenho, além da adoção voto distrital misto.
O mesmo se aplica na postura de oposição ao Governo Lula – como é de conhecimento da opinião pública de Pernambuco.
Portanto, o que temos feito é colocar em prática esses compromissos, apresentados com clareza aos mais de 2 milhões de eleitores pernambucanos que nos escolheram para representá-los no Senado da República.
Talvez o vice-prefeito não se lembre disso porque a única coisa que ele afirmava durante a campanha eleitoral era que seria "o senador de Lula".
Eu fiz a opção de ser o senador dos pernambucanos.
O posicionamento do vice-prefeito é um resquício da sua formação autoritária.
O que ele defende é que todo mundo apóie o atual mandatário do País.
Que não existisse oposição.
Ele defende o partido único, sem contestação.
Como afirmamos recentemente, é importante que aprendamos a respeitar as urnas, que se traduzem na escolha do eleitor sobre quem deve governar e quem deve fiscalizar o Governo.
Não lutamos contra o regime militar para apoiar uma nova experiência autoritária, seja ela liderada por quem for.
Luciano Siqueira pode desejar a unanimidade.
Preferimos a pluralidade.
E não temos vocação política para o adesismo.
Foram esses princípios que me fizeram, por exemplo, defender o apoio à candidatura do companheiro de partido do vice-prefeito, deputado Aldo Rebelo, à presidência da Câmara.
Outro sintoma dessa postura autoritária do vice-prefeito é sua disposição para se envolver em questões internas de outros partidos.
Seria mais louvável que o vice-prefeito estivesse indo às ruas para conquistar os votos necessários que seu partido precisa para cumprir a cláusula de desempenho.
O vice-prefeito tem todo direito de expressar sua opinião – foi para isso que combatemos o autoritarismo –, mas não de manipular fatos em seu benefício ou em benefício do mandatário de plantão".