O ex-presidente da Assembléia Legislativa, deputado Romário Dias (PFL) está estudando com carinho o convite feito pelo deputado federal Inocêncio Oliveira para que ingresse no Partido Republicano (PR).
Ele disse nesta segunda ao ex-Blog do JC que três conversas serão fundamentais para amadurecer sua decisão: com Gustavo Krause, com Marco Maciel e com sua família. "Mas na hora em que me decidir vai ser com a alavanca embaixo.
Não vai ser meia embreagem, não", afirmou.
O deputado contou que do seu grupo político fazem parte 16 prefeitos e cerca de 130 vereadores do Agreste Meridional, parte do Setentrional, Sertão Central e Sertão do São Francisco. "Não digo que todos me acompanhariam numa decisão porque cada um tem a sua personalidade", avaliou.
Para o deputado, o PFL é um partido que se caracteriza por criar grandes lideranças, mas não sabe permanecer com elas. "Aliás, não sei se é PFL ou PD ou PDA.
Só sei que a nova sigla não soa bem aos ouvidos", opinou.
Romário Dias acredita que estão invertendo a lógica de crescimento do partido nacionalmente. "Um partido político cresce do município para o estado e depois para o nível nacional e não o contrário", disse."De goela abaixo não dá.
Tenho mais de 60 anos.
Não tenho idade para engolir isso", desabafou.
Exercendo hoje o seu sexto mandato, o quinto como deputado, Romário Dias não gosta da nova sigla e nem da nova postura do partido. "O PFL esquece muito seus militantes históricos e só quer valorizar os mais novos.
Mas a substituição de quadros tem de acontecer paulatinamente", disse.
Além disso, para o deputado, o partido só se dá conta que precisa crescer quando perde eleição.
Romário Dias recebeu o convite oficial para entrar no PR nesta segunda em almoço com o deputado federal Inocêncio Oliveira.
Ele lembrou que são amigos pessoais e que fizeram uma dobradinha vitoriosa em 10 municípios nas últimas eleições.