A manchete do Jornal do Commercio deste domingo, cobrando mais iluminação na cidade, repercute no mundo virtual.

O leitor Edmar Lyra Jr., mais um leitor atento do Blog, morador de Boa Viagem, envia mail para reclamar da iluminação próximo à Avenida Visconde de Jequitinhonha. “Sempre que saio do Shopping Recife de volta pra casa, passo pela Avenida Visconde de Jequitinhonha, nas próximidades do Colégio GGE, passo por uma área sem iluminação alguma.

Passamos por um grande risco, pois, alguns indivíduos de bicicleta passam próximo das pessoas que estão transitando na avenida, passamos por vários momentos de pavor, pois, não sabemos qual é a intenção destes indivíduos.

Como seu Blog, além de falar sobre política, tem um forte apelo social, peço-lhe que publique algo sobre este medo que passmos quando estamos na Avenida Visconde de Jequitinhonha, e tentar, se possível, que a Prefeitura coloque uma melhor iluminação nesta área”, reclama.

Se acontece numa área nobre da cidade, imagina nos arrabaldes, como minha querida avó referia-se às cercanias de uma cidade ou povoação e/ou subúrbio.

PS1: Aqui no ex-Blog do JC, entrou para a história do jornalismo eletrônico local um episódio vivido pelo fotógrafo Rodrigo Lôbo, deste JC.

Em pleno exercício da sua função, assustou e ficou assustado quando fotografava, no escuro, e "o escuro" do Túnel Augusto Lucena, na Avenida Desembargador José Nunes, em Boa Viagem, bairro nobre da Zona Sul do Recife.

Completamente às escuras, o túnel, que fica por trás do Shopping Recife, é endereço certo de assaltantes, como também poderia ser o de turistas e visitantes que freqüentam o maior shopping da cidade.

Pois bem. Às 18h30 da terça-feira dia 2 de janeiro, Lôbo, corajoso que é, empunhou sua máquina fotográfica e se desatou a clicar.

Não tinha pedestres por perto e só havia luz até a metade do túnel. "Fotografei praticamente sem que me vissem porque a luz é precária.

A partir do momento que os motoristas me avistaram, quando eu já estava no final do túnel, pegando a luz da avenida, os carros deram meia volta.

Acredito por acharem estranho uma pessoa apontando alguma coisa contra os carros", relata Lôbo. "Comecei a ver muitos veículos dando a volta e motoristas dirigindo na contramão.

Parecia que estavam fugindo.

Eles não iam pagar para ver e eu também não", conta o fotógrafo, que deu no pé quando começou a chamar atenção da população no entorno (pertinho dali fica a favela Pocotó).

Na sequência de fotos acima, acompanhe imagens do medo causado pela falta de segurança no Recife, uma das capitais mais violentas do Brasil: PS2: três meses depois, nada mudou.

Pessoas continuam e continuarão morrendo.

Ou de medo ou de tiro mesmo.