Se o resultado das últimas eleições para o Governo do Estado tivesse sido diferente e Mendonça Filho fosse o governador, o seguro obrigatório para os ônibus que trafegam pela Região Metropolitana também seria extinto.

Essa é a opinião do atual Presidente da EMTU, Dílson Peixoto.

Ontem, ele decidiu suspender a portaria 70/2007 que acabava com o seguro, depois da repercussão negativa da medida.

Mas não mudou de posição.

Ele insistiu que o fim do seguro já estava decidida ao final do governo anterior.

Dílson contou que, durante o período de transição, recebeu do Presidente da EMTU no governo passado, Luís Medeiros, um "esboço de parecer" favorável à medida.

Segundo ele, as seguradoras contratadas através do seguro obrigatório representam, na prática, as empresas de ônibus e não os usuários, prestando um serviço de qualidade inferior.

Dílson chegou a ser convocado no fim de semana para discutir o assunto com o governador Eduardo Campos e o Secretário de Cidades, Humberto Costa.

Além da suspensão temporária da portaria, também se definiu no encontro que a questão será decidida em reunião do Conselho Metropolitano de Transportes (CMTU), ainda sem data marcada. "A EMTU não se sentirá diminuída caso haja uma decisão definitiva e contrária à portaria 70/ 2007 por parte do CMTU", afirmou o presidente da empresa.

Dílson explicou, no entanto, que vai defender a retomada da portaria na reunião do Conselho.

O CMTU é presidido pelo Secretário de Cidades, Humberto Costa.

Também fazem parte o Presidente da EMTU, um representante de cada prefeitura da Região Metropolitana, o Presidente do Setrans (empresas de ônibus), o Presidnte do Sindicato dos Rodoviários, um representante do movimento estudantil, dois representantes dos usuários indicados pela Femeb (Federação Metropolitana dos Bairros), um deputado estadual, um veredaor do Recife e um vereador representando as demais câmaras da Região Metropolitana.