A discussão sobre a exigência ou não de seguro sem dúvida é importante para o usuário, mas o pau mesmo está cantando nos bastidores da EMTU, com a briga pela prestação de serviços na bilhetagem eletrônica.
Trata-de um nome pomposo escolhido para a automatização do pagamento das passagens.
Interessa diretamente às 20 empresas que operam o sistema, pois representa o faturamento diário.
Coisa que movimenta cerca de R$ 40 milhões por mês e algo em torno de R$ 500 milhões por ano.
Nesta semana que passou, o presidente da EMTU, Dilson Peixoto, em entrevista a Roberta Soares, setorista de transportes deste JC, manteve o segredo e não adiantou se vai ou não realizar a licitação.
Alegou que espera a orientação da comissão criada para avaliar o futuro contrato. “Para a EMTU, pouco importa qual será a empresa contratada, desde que ela agilize a bilhetagem, que em oito anos teve apenas 45% do sistema de vale-transporte eletrônico implantado.
Queremos o melhor serviço ao menor custo”, afirma Dilson.
Segundo ele, há uma diferença entre os tipos de cartão. “O com contato custa R$ 14, enquanto o sem contato sai por R$ 2.
Mas a decisão final será do governador Eduardo Campos”, diz.
A fala mais contundente, entretanto, veio do Setrans. “Defendemos a contratação direta pelo sindicato, porque isso agilizaria o processo.
Não confiamos mais na Tacom por ela estar com a tecnologia ultrapassada”, acusou Alberto Almeida.