Nesta semana que passou, o secretário da Fazenda, Djalmo Leão, deu o primeiro não aos fazendários.
Numa reunião na Sefaz, o sindicato ouviu que não será possível realizar a promessa de equiparação dos salários dos fazendários como os procuradores e promotores do Ministério Público do Estado.
A promessa foi feita na campanha eleitoral do ano passado, levando a categoria a apoiar o socialista.
Eles chegaram a fazer um ato público em favor do candidato.
O que ficou acertado é que será possível fazer apenas reclassificações, já permitidas por lei.
Ou seja: um ou outro pode subir uma casinha.
Caso tivesse que cumprir a promessa, haveria a necessidade de reajuste de mais de 90% para a categoria.
No governo José Mendonça Filho o teto dos fazendários subiu de R$ 9 mil para R$ 11 mil (cerca de 1 João Paulo, que equivalia a R$ 14,5 mil, antes da renúncia de 26%), depois de um aumento de 20%.
Mesmo assim, ocorreram greves até umas horas.
No pleito inicial, o teto dos fazendários poderia ir até os R$ 17 mil.
Os sindicalistas pediram paciência, uma vez que o governo não completou nem três meses.
No entanto, a situação ficou um pouco mais complicada, de lá para cá, na medida em que o plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) derrubou a resolução do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que fixava em R$ 22.111 o subteto salarial para o Judiciário Estadual –pago a juízes e desembargadores nos Estados, numa decisão tomada no julgamento da ação direta de inconstitucionalidade ajuizada pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros).
Com isso, o teto salarial do Judiciário Estadual passa a corresponder à remuneração dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), que é de R$ 24.500.
Como os promotores podem chegar ao mesmo teto, a diferença a ser perseguida também subiu.