Também em entrevista concedida hoje à rádio JC/ CBN, o Presidente da EMTU, Dílson Peixoto, rebateu as críticas da deputada oposicionista Teresinha Nunes (PSDB) sobre o fim do seguro obrigatório para ônibus que circulam na Região Metropolitana do Recife.

Segundo ele, ao final do governo passado, a medida já estava resolvida técnica e politicamente. "A diretoria anterior da EMTU tinha identificado que nós não temos como obrigar uma empresa privada a ter seguro ou não", afirmou.

Ele explicou que encaminhou à sua assessoria jurídica a análise que tinha sido feita pela diretoria anterior da EMTU e só então decidiu pela retirada do seguro obrigatório.

Para ele, a obrigatoriedade não era acompanhada pela qualidade do serviço. "Na verdade, se contratavam seguradoras de um padrão inferior que só tomavam a decisão de pagar (eventuais indenizações) depois que a questão estava transitada em julgado", disse.

Dílson acredita que o fim do seguro obrigatório pode dar maior agilidade no pagamento das indenizações por acidentes. "É mais prático para as empresas resolverem o problema de imediato do que aguardar uma decisão judicial que às vezes demora muitos anos", opinou.

Sobre a afirmação da deputada Teresinha Nunes de que a retirada do seguro é irrelevante para diminuir as tarifas, Dílson admitiu que o principal objetivo da medida não foi reduzir o preço das passagens.

Neste sentido, segundo ele, mais importante é a concessão de um subsídio federal que está sendo aguardada.

Ele lembrou que a EMTU vai, de qualquer modo, monitorar de perto a questão do seguro. "Se a gente identificar que está havendo problema, podemos voltar a impor a obrigatoriedade", concluiu.